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A mudança de hora que ocorre anualmente implica que os relógios se adiantem uma hora quando chega o verão e atrasem uma hora quando se aproxima o inverno. Esta medida tomada para aproveitar a luz solar e poupar energia, provoca uma série de efeitos no nosso organismo e, consequentemente, no nosso trabalho. Conheces quais?
Benefícios da mudança de hora
A mundança de hora permite a poupança de energia ainda que pouca significativa. De acordo com um relatório assinado pelo diretor do Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho, “o valor da poupança energética verificada é relativamente pequeno, em média inferior a 1%”. Isto significa que o fim da mudança horária, poderá aumentar o consumo energético nessa mesma percentagem. No entanto, embora a poupança de energia seja um aspeto importante a considerar, o principal benefício da mudança de hora prende-se pela garantia da qualidade de vida das pessoas, defende Rui Agostinho. Nesse seguimento, o especialista do sono Joaquim Mota também defende que o fim da hora de inverno seria prejudicial sobretudo para as crianças e adolescentes. No entanto, “os mesmos problemas também se podem aplicar ao mundo do trabalho” uma vez que o cérebro humano necessita de luz para despertar devidamente. Como tal, a mudança de hora beneficia o descanco dos portugueses.
Incovenientes da mudança de hora
A mudança de hora acarreta alguns incovenientes no nosso organismo como as alterações de sono, do estado de ânimo e de capacidades cognitivas. Outros efeitos que podemos encontrar é o cansaço, a instabilidade, os enjoos, a falta de concentração ou uma digestão pesada. Na maioria das pessoas, estes efeitos podem se verificar entre 2 a 3 dias. No entanto, podem extender- se até duas semanas. Dependerá do organismo de cada pessoa.
A mudança de hora nos trabalhos noturnos
Esta mudança implica que aqueles que trabalham por turnos ou de noite, trabalhem uma hora a menos ou uma hora a mais. Como afeta a remuneração?
– Contrato indefinido/sem termo: Em princípio o contrato mantém-se para aqueles trabalhadores com contrato indefinido. Tratam-se de empregados que estarão a trabalhar para a empresa durante as mudanças de horário anuais. Assim, a hora trabalhada a mais durante o inverno será compensada com a hora trabalhada a menos no verão.
– Contrato temporários/com termo: Há que considerar se o acordo coletivo de trabalho ou o contrato assinado trata este aspeto. A não ser assim, deve-se considerar se o período contratado contempla as mudanças de horário anuais. Neste caso, aplica-se o mesmo exemplo do contrato indefinido e o salário mantém-se inalterado. Caso contrário, deve ser estabelecido um acordo entre o trabalhador e a entidade patronal, de modo, a assegurar o interesse de ambas as partes.
Fim da mudança de hora
Depois de diferentes polémicas, o fim da mudança de hora parece estar à vista. Pelo menos é isso que propõe a Comissão Europeia. Esta deu aos países membros seis meses para decidir se optam pelo fuso horário de verão ou inverno. No caso de Portugal, as entidades responsáveis parecem estar inclinadas para a manutenção da hora de verão e inverno. Seja o que for que o futuro reservar, a próxima mudança acontece já na madrugada do próximo dia 28 de outubro. Assim, quando o relógio apontar as duas horas da manhã, deve-se atrasá-lo em uma hora, para a uma hora da manhã.
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