As novas gerações millennials e Z têm uma profunda paixão por viajar, por marcar país após país no mapa do mundo, colecionando selos em passaportes e histórias dos mais novos destinos do mundo no Instagram. Na verdade, a maioria dos jovens viajam mais de uma vez por ano e apenas uma baixa percentagem de 1% em Espanha não viajou, muitas vezes por motivos económicos. De qualquer forma, devido ao boom de empresas low cost e de aplicações como couchsurfing onde podes dormir em casa de um local de forma gratuita, praticamente já não tens desculpas para não fazê-lo. Qual é o próximo destino?
O que os motiva a viajar?
Os Millennials não estão preocupados em ser proprietários de bens ou imóveis como as gerações anteriores, mas sim em sentir e viver experiências. Eles preferem desfrutar em vez de comprar, e aceder a bens sem ter de os comprar. Esta geração vive no momento, preocupa-se em crescer profissionalmente, mas sempre tendo como prioridade a sua vida pessoal, a sua saúde e o seu bem-estar, gostam de desenvolver atividades pelas quais são apaixonados e não só estão acostumados a mudança como lhes dão as boas-vindas. Viver novas experiências e estímulos é algo que os apaixona!
Nesta procura para viver novas experiências, viajar é uma das suas grandes paixões e investem em descobrir novos lugares e culturas, em provar a gastronomia mais local e em conhecer pessoas de todo o mundo. Viajar é tão importante quanto trabalhar, e eles exigem que essa prioridade seja respeitada.
Que hábitos têm ao viajar?
Digital, apaixonado e aventureiro, assim é o novo viajante.
- Menos tempo a organizar a viagem e mais em desfrutar a experiência.
Procuram informações na Internet, auto-gestionam do início ao fim toda a sua viagem (reserva, guias, planeamento, etc), fazem as reservas on-line, geralmente através de dispositivos móveis, e geralmente fazem-no no último minuto. Há que aproveitar as pechinchas de última hora!
As agências de viagens que planeiam tudo não são para eles, e preferem organizar a viagem no seu computador com a ajuda de redes sociais e blogs de viagem especializados. Assim que estão no destino, há sempre espaço para ser espontâneo e mudar a rota se for necessário. À aventura!
- O destino é recomendado pelas redes sociais.
Costumam escolher um destino porque nas redes sociais viram que alguém lá foi. Valorizam muito a opinião de outros usuários, e não só através de comentários ou páginas de opiniões, mas também através de fotos e vídeos deixados por outros nos seus perfis sociais.
- Se não foi partilhado, é como se não tivesse viajado.
São “viciados” em redes sociais e no reconhecimento das suas viagens. Viveram acompanhando a revolução tecnológica e a Internet, algo que os tornou viciados em informação e em estar sempre conectados. Poderiam deixar tudo e ir para o lugar mais distante e isolado da terra, sozinhos com sua mochila, mas nunca sem o seu smartphone.
Estão habituados a partilhar imediatamente as experiências e ficam satisfeitos com o reconhecimento através de novos seguidores, de gostos e de partilhas.
Hoje, o ditado “Se uma árvore cai na floresta e ninguém está perto para ouvir, será que faz algum som?”, traduziu-se para “tu realmente viajaste se ninguém viu?”, “pode a tua experiência existir sem que tenha sido percebida?”
- O autêntico e o local é melhor do que os destinos muito turísticos.
Querem ser os primeiros, e querem descobrir os segredos do destino, tanto ou melhor do que os nativos. Esforçam-se para procurar destinos que não estão massificados por turistas e que ainda não foram descobertos, por viver a cultura mais local e autêntica que não pode ser descoberta através de um guia de viagem.
Que tipo de viajante és?
A motivação para viajar nem sempre é a mesma para todos, nem a forma como se experiencia o destino. De qualquer forma, há certos perfis que podes encontrar em qualquer tipo de viagem, e se não reconheces algum, talvez sejas tu. Identificas-te com algum deles?
- Gastador: aqueles que viajam com uma mala extra grande praticamente vazia e voltam com ela a transbordar com produtos do país: lembranças, roupas ou comida. Eles poupam mas não pensam duas vezes antes de gastar num produto autêntico que lhes chama a atenção. Para eles, ter algo único que ninguém pode encontrar no seu país de origem é um tesouro. Boas notícias para os comerciantes do destino!
- Aventureiro: é o perito do last minute, não planeia as viagens, deixa-se levar para descobrir os cantos casualmente. Diverte-se a viajar sozinho/a, criando novas amizades ao longo do caminho e misturando-se com as pessoas. Viajam sempre de forma leve: uma mochila apenas com o essencial para que não incomode se o plano muda à última da hora… quem sabe onde será a próxima paragem!
- Viajante cultural: está muito interessado em conhecer a história e a cultura dos lugares que visita, em conhecer os costumes e as tradições tão bem que podem quase sentir-se como se fossem nativos do lugar. Gastam em visitas guiadas e em museus, e muito antes da viagem, já têm vários livros sublinhados com páginas marcadas com as informações mais importantes ou relevantes da história do destino
- Instagramer: hoje não é incomum ver um viajante tirar uma foto do prato antes de comê-lo, assim como partilhar instantaneamente qualquer experiência que vive na viagem. Os Millennials vivem colados ao telefone e este tipo de viajante não pode desfrutar da viagem se não a partilhar com os seus seguidores, dando-lhes dicas dos cantos mais característicos do destino. São uma mistura entre fotógrafo viajante e aventureiro, e desfruta em ser deixado levar até aos cantos mais característicos para poder capturá-lo e partilhá-lo com a sua rede de contatos.
- Gourmet: para eles a maior atração turística é a gastronomia do lugar. A sua viagem é focada em encontrar os restaurantes mais autênticos e em degustar a comida mais típica do lugar. Pagaria para comer na mesa de um local! Não só aprecia a degustação, como também está interessado em conhecer a história e a cultura por trás dos pratos.
Confessa que tipo de viajante és ou.
Ler mais:
Leave a Reply