Guerra na Ucrânia: Impacto no turismo português

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A guerra voltou à Europa com o mundo ainda a braços com uma pandemia. O ataque militar da Rússia à Ucrânia e consequente invasão territorial terá um impacto na reactivação do turismo a nível mundial, que confiava ressurgir esta primavera e deixar para trás os momentos duros originados pela pandemia.

Directamente, e por causa da distância, os volumes de turistas russos e ucrânianos a chegar a território português não são os mais significativos. Segundo o jornal Público, neste ponto em concreto, a balança poderá afectar directamente Portugal. Citando a fonte, “As vendas de serviços de turismo à Rússia totalizaram 54,2 milhões de euros em 2021, enquanto para a Ucrânia, o valor foi de 35,5 milhões.”

Mas então, como poderá o conflito bélico impactar o mercado turístico nacional? Se o conflito é de curta duração, o impacto nos movimentos turísticos para Portugal não serão tão afectados. Contudo, promovem uma sensação de instabilidade entre a U.E. e a Rússia podia gerar um efeito dissuasor sobre a mobilidade e os viajantes intraeuropeus que se repecurtíria directamente numa queda dos ingresos e da procura turística.

Embora ainda seja cedo para avaliar o impacto, a extensão e as suas implicações, há algumas consequências que já poderão ser extraídas. Neste artigo, abordaremos as consequências da guerra no turismo em Portugal e na Europa.

Quais são as consequências para o sector turístico?

Encerramento do espaço aéreo

O primeiro impacto no sector do turismo será sobretudo a subida repentina dos preços do petróleo, que resultará em tarifas aéreas mais elevadas, uma vez que as companhias aéreas verão aumentar um produto essencial ao seu bom funciomento e que representa cerca de um terço dos seus custos totais.

O encerramento do espaço aéreo europeu a aviões provenientes da Rússia provocará o condicionamento e a diminuição dos fluxos turísticos. Vôos mais longos, mais escalas, acarreta gastos de combustíveis mais elevados o que traduzir-se-á num aumento do custo das viagens.

Inflação

Em segundo lugar, surge a questão da inflação. Um conflito bélico traduzir-se-á num aumento dos valores dos produtos básicos e bens alimentares, do gás e dos combustíveis, o que poderá implicar uma menor predisposição para despender dinheiro em férias e/ou momentos de ócio. Tudo indica que o aumento do custo médio de vida desencadeará o aumento das tarifas hotelerias e das refeições nos restaurantes, num sector começava a recuperar-se da pandemia.

A desvalorização do rublo e a queda do mercado de capitais russo, juntamente com as sanções aplicadas à Rússia, também afectarão o investimento russo. A estas questões económicas, junta-se um outro problema com o qual o sector turístico já estava a braços, nomeadamente o aumento dos custos da logística e o aumento do custo da mão-de-obra.

Os hoteleiros verão portanto as suas margens orçamentais reduzidas como consequência do aumento dos custos energéticos e matérias primas. Importa relembrar que as bem como aumentos salariais devido à fuga de trabalhadores para outros sectores.

Perceção de Segurança

Por último, temos que focar no aumento da insegurança, ou percepção de insegurança, na Europa. A Europa em 2019, último ano normal de actividade turística, recebeu cerca de 50% dos fluxos de turismo mundiais. Os mercados americano e asiático, elegem a Europa como principal destino turístico. Ora, se há uma guerra em solo europeu, terá consequências aquando do momento de eleição de um destino.

Surgirá um sentimento de incerteza por parte dos turistas – irão preferir ser cautelosos e adiar as suas decisões de viagem enquanto sentirem uma instabilidade geopolítica internacional. Haverá portanto uma retracção a nível turístico. Esta onda de terror e desconfiança face ao continente europeu provocará uma perda de turistas e a contração do número de reservas nos estabelecimentos hoteleiros.

Consequências da guerra para o turismo Portugal

Apesar de Portugal ser um país periférico do ponto de vista do continente europeu, fruto de uma sociedade globalizada, a guerra também afectará o turismo em Portugal.

Embora o mercado russo, do ponto de vista turístico, não tenha grande expressividade em Portugal, a verdade é que se trata de um mercado bastante importante para destinos como Itália, França e Turquia. Ora, ao verem-se privados de este turistas, tentarão captar turistas de outros mercados, concorrendo directamente com Portugal.

Por outro lado, a localização geográfica de Portugal poderá jogar a seu favor no momento de eleição de um destino europeu. O facto de se situar na outra ponta da Europa, e portanto, longe do conflito bélico, acrescida à diversidade cultural de Portugal, fará com que o destino Portugal seja visto como uma boa alternativa na Europa.

Por último, resta focar na rápida concessão de vistos e autorizações de residência aos cidadãos ucrânianos por parte do governo nacional. Esta rápida intervenção do governo português afectará o mercado turístico nacional, pois havendo carência de mão-de-obra, os refugiados ucrânianos poderão ver no sector turístico uma oportunidade de reinserção social e laboral.

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