Estratégias para atrair e fidelizar os profissionais turísticos em 2022

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É um facto: o emprego em Portugal apresenta, neste momento, valores superiores aos pré-pandémicos e os níveis de desemprego estão abaixo do registado em 2019. Contudo, o sector turístico está marcado pela escassez global de mão-de-obra. As ofertas de trabalho aumentaram 23% nos últimos 3 meses, mas os índices de procura sofreram uma descida. Uma descida preocupante de 3% fala da fuga de talento e do desencantamento por um sector que no passado empregou mais de 320 mil pessoas.

A situação em Portugal extende-se a outros países. No Reino Unido existe mais de 1 milhão de vagas sem cobrir no sector. Nos Estados Unidos o panorama é ainda mais alarmante. Surpreendidos, recentemente lemos como o grupo Marriott afirmava ter dificuldades para preencher os mais de 1 milhão de postos de emprego disponíveis no grupo.

Antecipando e preparando a retoma iminente do turismo anunciado para 2022, apostar e desenvolver técnicas para atrair e reter o talento revela-se fulcral.

Neste sentido, como podem os profissionais de Recursos Humanos, e consequentemente as empresas, atrair os candidatos que procuram? Que estratégias aplicar para reconquistar os profissionais do sector?

Estas e outras temáticas abordadas de seguida.

De empregos sazonais a perspectivas de progressão profissional

Construir uma oferta de emprego atractiva revela-se fulcral neste ponto. Assim, é comum incluir na proposta de emprego, alojamento e alimentação no local de trabalho.

A possibilidade de combinar no mesmo grupo hoteleiro e/ou de restauração, empregos estivais e de inverno, permitindo que o colaborador trabalhe durante todo o ano. Desta forma, o trabalhador terá a possibilidade de viver experiências profissionais variadas que enriquecerão a sua carreira e perfil profissional.

As empresas, necessitam propor e “facilitar ao trabalhador o acesso ao centro de trabalho, vinculando a oferta de emprego a oportunidades de progressão dentro da organização”, defende Carmen Palacios, HR Area Manager South Regional Spain en Meliã Hotels International.

Dar à oferta de emprego o valor que merece

A oferta de emprego é a porta de entrada dos candidatos no universo da empresa. Uma valiosa arma de sedução que, tendo o conteúdo certo, capta a atenção de incluso, profissionais que não se encontram em procura activa de emprego. Apesar do seu poder, é frequentemente esquecida no processo de seleção.

Os dados recolhidos pela Turijobs confirmam que os anúncios de emprego que explanam os projectos e a cultura da empresa, detalhando os projectos profissionais, para além das funções a desempenhar, indicam qual o intervalo salarial e abrdam com transparência as condições laborais, têm uma média de inscritos superior às ofertas de emprego que não incluem estas informações.

“É necessário alterar a perspectiva com a qual nos comunicamos com os candidatos, dar importância às suas necessidades e traduzi-las num texto atractivo, jovial e de fácil leitura”, comenta Xavier Martín, Director Geral e Fundador da Turijobs. “Se há escassez de talento, temos que entender o porquê, o que está na base desta situação”. As empresas, devem, na sua óptica “construir e comunicar uma oferta de emprego alinhada com as expectativas do profissional que querem captar” ou seja, “devem falar a linguagem do candidato”, remata.

A Repesca como estratégia: Repensar os processos de seleção

Já ninguém o pode negar: estamos perante uma mudança de paradigma que nos convida a abandonar velhos tabus no momento de contratação. Repescar os profissionais que outrora fizeram parte dos quadros da empresa poderá ser uma solução para enfrentar a crise a nível de recrutamento.

O reencontro entre antigos companheiros não é somente uma experiência profissional satisfatória. Incorporar funcionários que já tenham adoptado, no passado, a cultura corporativa, representa uma poupança de tempo para ambos, empresa e funcionário.

Empoderamento do candidato: falar ao candidato no seu idioma

Não há volta atrás, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. A escassez de talento, o aumento da procura de emprego, acrescidos aos efeitos da pandemia, levaram à emergência da figura do trabalhador empoderado.

“O candidato sabe bem o que quer e o que vale. Durante o confinamento, teve tempo para ordenar e repensar as suas prioridades.” Agora, “move-se segundo os seus valores e expectativas. Procura projectos profissionais alinhados ao seu propósito e missão”, explica Xavier Martín. Nesse sentido, “trabalhar e apostar no Employer Branding é imprescendível”, conclui.

Para Carolina Azevedo, Digital Marketing e Sales Portugal, é importante não esquecer que “o sector turístico é um sector feito de pessoas para pessoas”. Se falamos da necessidade de digitalizar os processos para melhorar o funcionamento dos hotéis, é necessário não esquecer as condições de trabalho dos colaboradores, através, por exemplo, de implementação de medidas que facilitem as suas tarefas quotidianas e promovam a sua integração na equipa. Mas, sobretudo, “apostar em medidas que lhe permitam conciliar a vida pessoal e profissional”. Para que se possa oferecer um serviço de qualidade ao consumidor final, é necessário apostar em tecnologia, “mas colaboradores comprometidos e que saibam gerar empatia é fundamental”.

O salário emocional revela-se fulcral para vincular e reforçar o compromisso do colaborador face à empresa. “Hoje, o candidato procura um conjunto de benefícios que na realidade pré-pandemia nem colocava em causa”. E que benefícios procuram os candidatos? “A possibilidade de trabalho remoto, serviços que garantam a sua tranquilidade no horário de trabalho, assim como oportunidades de formação e progressão profissional, bem como a contínua formação dentro da empresa” são alguns dos elencados.

Devemos olhar para o colaborador “como seres holísticos, e entender quer os seus medos, quer as suas aspirações. Ser transparente, mas também flexível.”

Re-enamorar: Criar um discurso sedutor

Quando questionamos os responsáveis de Recursos Humanos acerca deste tópico a opinião é unânime: há um desencantamento face ao sector turístico. “Os profissionais de recursos humanos apontam várias causas, mas a dureza e a falta de horários do sector continuam a ser as principais.” A solução? Construir um discurso atractivo que apele ao coração e à razão do candidato, aplicando mais marketing aos Recursos Humanos, impulsionando o Employer Branding e apostar no salário emocional.

Um ponto defendido por Carolina Azevedo, “As empresas turísticas necessitam olhar para os colaboradores como olham para os seus clientes”. Assim, do mesmo modo que se esforçam para atrair e fidelizar clientes, precisam igualmente de conquistar os colaboradores, o público interno”. Como? “Envolvendo os colaboradores base nos processos de tomada de decisões e oferecendo condições de progresso, crescimento e formação e apostanto em actividades de Team Building“.

O desafio e tarefa pendente é criar um discurso que capte a atenção do talento, um discurso criativo que fale de forma eficaz, mas criativa, das condições salariais e laborais, da experiência profissional e de vida que o sector oferece.

O tempo passa e a retoma iminente do sector turístico aproxima-se. Na Turijobs ajudamos-lhe a encontrar o talento que necessita. Publique a sua oferta de emprego aqui.

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