Bem-estar no trabalho e luta contra o desgate profissional

Um em cada quatro portugueses apresentava, em 2020, sintomas de burnout. Portugal é o terceiro pior país da União Europeia ao nível da conciliação entre a vida pessoa e profissional.

Seguramente, já viu alguém passar, ou já passou, por uma situação semelhante: depois de um período de muita pressão e cobrança no trabalho, o colaborador necessitou de alguns dias para se restabelecer. O stress, a pressão por resultados, listas intermináveis de tarefas, falta de flexibilidade horária e, até mesmo, trabalhar em algo que não o motiva poderão desencadear sintomas de esgotamento, ansiedade ou depressão. 

Face ao aumento do número de trabalhadores que afirmam sofrer destes sintomas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu este problema incluindo-o na Classificação Internacional de Doenças, que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2022.

Segundo dados da Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional, 17.3% dos trabalhadores portugueses estão em burnout. Mas o que é o Burnout? 

Síndrome de Burnout

Também conhecida como síndrome do Esgotamento Profissional, é caracterizada pelo excesso crónico de stress ocupacional que leva ao cansaço físico e emocional, influenciando a capacidade de concentração e organizacional do indivíduo. 

Resulta de situações de trabalho desgastantes, ambientes com muita competitividade e também de uma má gestão organizacional. Os principais sintomas são:

  • Falta de comunicação;
  • Faltas injustificadas;
  • Diminuição de produtividade;
  • Desmotivação e menor compromisso com a empresa por parte do funcionário;
  • Indiferença;
  • Exaustão Extrema;
  • Esgotamento físico;
  • Stress.

Como prevenir o burnout

Devemos entender que isto não é algo que ocorra de um dia para o outro, mas sim resultado de um desgaste contínuo. O micro-management, a pouca flexibilidade horária ou a falta de reconhecimento laboral são aspetos que afetam o estado de ânimo dos colaboradores.

Alguns dos conselhos para abordar são os seguintes:

  • Implementar hábitos saudáveis na empresa, com programas que incentivem a prática de exercício físico e uma alimentação equilibrada;
  • Reconhecer as conquistas e o bom trabalho dos colaboradores;
  • Promover actividades que “fujam” à rotina diária,
  • Secções de seguimento individual;
  • Entender as necessidades específicas de cada empregado: oferecer flexibilidade horária, por exemplo, ajudará a alcançar o equilíbrio necessária entre a vida laboral e a vida pessoal.
  • Analisar a produtividade da equipa e investigar as causas de uma possível diminuição;
  • Detetar a negatividade, para evitar a propagação na equipa;
  • Manter um ambiente agradável e uma comunicação positiva;
  • Investir numa decoração agradável para os escritórios: luz natural, dimunição do ruído sonoro, ou até mesmo criar espaços onde os trabalhadores possam relaxar e descontrair um pouco.

Quando o empregado tem o controlo para superar o “burn-out”

Muitas vezes esta erosão deve-se, simplesmente, ao facto de o empregado ocupar uma posiçãe realizar determinadas tarefas que em ningum momento o motivaram. Neste caso, obviamente entendemos que é muito difícil deixar um emprego por vontade própria, aconselhamos a procurar um novo emprego e a explorar novas responsabilidades com as quais se sinta mais cómodo e possa explorar todo o seu potencial.  Existem casos, em que este esgotamento pode dever-se a um nível muito alto de autoexigência e a falta de auto reconhecimento pelas suas conquistas e êxito.

Se o problema tem origem no próprio empregado, seguem alguns conselhos que possam combater este problema:

Reformular a ideia de êxito

É importante reconhecer as conquistas antes de impôr novas metas e novas exigências. Diminuir o ritmo e reconhecer tudo o que alcançou é o segredo para manter a motivação.

Manter uma lista de prioridades sob-controlo

É impossível que tudo seja prioritário e que a lista não tenha fim. É importante priorizar e terminar cada tarefa com satisfação.

Priorizar e saber dizer não

Se o seu chefe lhe pede algo que não é prioritário e que não terá tempo para realizar, é importante, argumentar e explicar que não poderá realizar a tarefa nos prazos solicitados. Comunicação aberta é a chave. 

Pausa e momentos de lazer

Fazer algumas pausas para estudar o problema desde fora e para além disso, conseguir centrar a atenção apenas num problema: com tantas coisas para fazer num tempo limitado, muitas vezes esquecemo-nos de cuidar daquilo que é mais importante: NÓS MESMOS. Não trabalhar mais do que o número de horas recomendado. Uma vez terminado o trabalho, dedique-se a outras actividades, desporto ou culturais. 

Ajuda profissional

Pedir ajuda a um especialista e seguir os conselhos profissionais sobre como manter o equilibrio entre a vida laboral e a vida profissional. 

Não podemos esquecer que as empresas são formadas por pessoas, as quais têm emoções e limites. Tanto para o empregado como par a empresa, é fundamental ter uma comunicação aberta, para poder detectar e actuar quando alguem na empresa sobre de um burn-out, uma vez que o bem-estar emocional do empregado é factor essencial para uma equipa motivada, produtiva e envolvida com a empresa.

Valorize a opção de cambiar de emprego. Mesmo que muitas vezes te dê medo, é uma oportunidade de encontrar algo novo, onde possas explorar as tuas habilidades e alcançar a satisfação laboral. Podes explorar novas oportunidades de emprego no nosso portal.

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